sexta-feira, 16 de setembro de 2016

DOMINGOS MONTAGNER: Sua morte na visão de um indio

Foto: Circo Zanni




Acho que entre todas homenagens que vi até o momento para Domingos Montagner, a que mais me deixou com o coração abrandado, pois era realmente fã do trabalho do ator, foi essa mensagem passada por um índio à equipe do Circo Zanni, do qual o ator fazia parte.




Falei hoje com o índio Tafkea!

Ele me pediu pra passar uma mensagem, pois ontem teve luto na aldeia e fizeram um ritual pra alma do Domingos. Nisso, apareceu um senhor e disse: Por que estão querendo trazer a alma dele de volta? Ele nasceu de novo hoje... Se tornou um novo protetor do Rio São Francisco, que estava tão esquecido. Porque esse Rio não pode morrer.

A novela contou todos os mistérios do Rio, e esse foi um deles. Mas ele se tornou um Ser de Luz, pois a água não tira vida. A água dá a vida. Fiquem felizes pela alma dele, pois quando ele entrou no rio, ele se despediu do corpo e a alma nasceu em um mundo melhor. Algum dia, os brancos irão entender isso.


Então, temos que fazer um ritual para que os brancos entendam e sejam fortes, pois ele está bem.

Ele é agora um protetor do Rio São Francisco.

Foto: Mensagem no Facebook - Circo Zanni




sábado, 13 de agosto de 2016

FUTEBOL FEMININO:: ONTEM e HOJE - MINAS sempre de braços abertos à modalidade texto: Teresa Montes Jornalista

Acima foto tirada durante jogo no Estádio Inconfidência
 em Belo Horizonte em 1959.
 Foto: Revista Manchete Esportiva/Reprodução
Abaixo as jogadoras das Seleção de Futebol Feminino do Brasil 2016
FOTO: reprodução / facebook


Quem foi ao Estádio do Mineirão conferir o jogo da Seleção Brasileira de Futebol Feminino de Campo contra as adversárias da Austrália, certamente foi agraciado com mais de 100 minutos de jogadas sensacionais! Muita emoção, garra, criatividade, técnica, enfim, não faltam elogios à nossas "meninas" que representam o Brasil na modalidade de futebol de campo no  XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016.

O jogo foi em terras mineiras, o Estádio foi o Mineirão, mas em 1959, também em Belo Horizonte (MG), as Pioneiras do Futebol Feminino já eram recebidas calorosamente pelos belorizontinos, o estádio era o Inconfidência. Meninas que na época tinham entre 14 a 17 anos que lutavam para que o futebol feminino fosse oficializado, e a luta era liderada pelo idealizador da criação do time - Ney Montes, que era um dos diretores do Araguari Atlético Clube. (Veja a matéria) 

Veja o primeiro reencontro das Pioneiras em uma matéria do Globo Esporte.

O sonho de Ney Montes que teve início em 1958 e durou menos de 11 meses percorrendo algumas cidades do Brasil, sendo três capitais, e uma delas foi Belo Horizonte(MG), não foi em vão. Mesmo a modalidade sendo proibida baseada numa lei criada em 1941 na época de Getúlio Vargas, as sementes ficaram espalhadas por onde essas moças do interior de Minas passaram. 

Nomes como os de Magali (in Memoriam) , Cirlene, Darci, Haidê, Heloísa, Jane (In Memoriam) , Lucy, Maria Aparecida, Maria da Penha, Marizete, Mirtes, Nádima, Nadir, Neli, Nilza, Ormezinda, Wesleina e Zalfa há 57 passavam pela mesma cidade encantando e deixando claro que o futebol também podia ser para as mulheres.

Agora fica na história a passagem mais uma vez em terras mineiras de novas guerreiras, com outros nomes como Bárbara; Fabiana (Poliana), Mônica, Rafaelle e Tamires; Formiga e Thaísa (Andressinha); Andressa Alves, Marta e Debinha; Beatriz.

Quem sabe no meio quase mais de 52 mil presentes no Mineirão estavam alguns que presenciaram também a ida das Pioneiras em 1959 à Belo Horizonte? Certamente seus corações estariam voltando ao passado nesse momento e vendo que o esforço daquelas meninas do interior do estado de Minas Gerais valeu a pena!


A força de nossa Seleção está certamente encantando e será inspiração de muitas meninas que pensam em investir suas vidas no esporte. Que essas meninas não tenham que praticar futebol junto com outros meninos, ou que não sejam desincentivadas a desistir da modalidade por preconceito. 

Nesse Dia dos Pais tem um pai que receberia essa vitória da Seleção Brasileira de Futebol Feminino como um presente, vendo essas meninas brilhando nos campos de futebol - Ney Montes - que se estivesse vivo diria - "Eu disse! Futebol é sim, coisa de mulher".
Ney Montes durante entrevista em 2001
Foto: Teresa Cunha



CONFIRAM ALGUNS LANCES DO JOGO









FICHA TÉCNICA

Brasil 0 (7) x (6) 0 Austrália
Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data: 12/08/2016
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitra: Carol Anne Chenard (Canadá)
Cartões amarelos: Tamires, Marta e Andressa Alves (Brasil); Alleway, Foord e Kennedy (Austrália)
Brasil: Bárbara; Fabiana (Poliana), Mônica, Rafaelle e Tamires; Formiga e Thaísa (Andressinha); Andressa Alves, Marta e Debinha; Beatriz. Técnico: Vadão
Austrália: Williams; Foord, Alleway, Kennedy e Kellond-Knight; Van Egmond; Kerr, Gorry, Catley (Logarzo) e De Vanna (Polkinghorne); Simon (Heyman). Técnico: Alen Stajcic




domingo, 12 de junho de 2016

Um buquê de rosas vermelhas - POR Teresa Montes Jornalista


Foto: Internet


É interessante quando chega essa época do dia dos namorados. Muitos casais pensam: “Ah isso não é para nós! Já passamos dessa época!”

Mas o segredo de um casal está justamente em se comportar para o resto de suas vidas como namorados.

Gosto de me lembrar de um casal em especial que é inspirador para todos casais que pretendem viver bem e juntos o resto de suas vidas. Meus pais.

Mesmo tendo sete filhos, sendo que dois foram natimortos, Ney sempre fez questão de dizer que ainda era namorado de Marly que também confirmava o mesmo.

Ney escolheu uma data especial para o dia dos namorados, não era o dia tradicional comemorado por todos, mas sim a data que formalizou seu namoro com Marly.

E todos os anos durante 40 anos ele comprava um buquê de rosas vermelhas e sempre escrevia bilhetes dizendo em poucos palavras que ela era sua namorada amada.

Mas uma doença terrível acometeu Ney – Alzheimer. E nos últimos quatro anos ele ficou muito esquecido e essa data não mais fazia parte das suas lembranças.

Mas jamais se esqueceu de Marly. E minha mãe o acompanhou pacientemente nesse processo, cuidando com todo amor e carinho.

Mesmo não lembrando o nome de Marly, Ney queria ficar perto dela. Elogiava suas pinturas feitas em telas, sorria sempre que a via.

E mesmo doente no hospital, suas últimas palavras pra minha mãe foram: “Eu te amo!”

Então inspirados por esse lindo amor vamos exercitar esse carinho com nosso amor. Não precisamos ser namorados só no Dia dos Namorados. Que sejamos todos os dias. Que o amor seja como um lindo buquê de rosas vermelhas, perfumado, suave e belo, como um presente precioso em nossas vidas.

E como Marly disse hoje relendo essa mensagem:


“Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas... No meu caso ficou o perfume da saudade!”