sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

FAÇA o seu MELHOR – por Teresa Montes Jornalista



Muitas vezes passamos grande parte do tempo reclamando das coisas que não estão saindo como a gente quer.

Reclamamos do trabalho, ou por não ser a área que gostamos, ou porque não somos promovidos, ou porque não nos relacionamos bem com os colegas de trabalho. Reclamamos da família, porque não pensam como a gente. Reclamamos da escola porque não estamos tirando boas notas. Essa bola de neve da reclamação só vai fazer sua vida ficar cada vez pior.

Lembrei-me de um fato que aconteceu na minha infância que pode ilustrar bem como lidar com uma  situação que geralmente ficaríamos aborrecidos e reclamando verbalmente ou pelos pensamentos.
Eu tinha uns seis anos de idade. Estava no chamado Jardim de Infância. Era um colégio que valorizava a criatividade, estimulando as crianças a participarem de peças de teatro. E eu adorava participar!
A peça daquele semestre era BRANCA DE NEVE. Eu estava muito entusiasmada! É claro que eu queria ser a Branca de Neve!

Então a professora veio para informar o que cada um faria na peça. E para minha decepção, fiquei com o papel da borboleta... Borboleta??? Pensei comigo... E a professora perguntou: “Você vai querer?”. Eu, sem pensar muito na hora respondi: “È claro”.

E começamos os ensaios. Nos dias dos ensaios a borboleta tinha que entrar em cena na hora do funeral da Bela Adormecida, junto com os sete anões e outros bichos. Mas a professora dizia: “É só ficar na beira da cama funerária da Branca de Neve e fingir que está chorando, não precisa nem vir nos ensaios se não quiser”, disse a professora. Mas eu pedia para minha mãe levar. Eu precisava entender o papel da borboleta.

Então finalmente chegou o tão esperado dia da apresentação. Lá estava eu vestida de borboleta, com um lindo colã cor azul claro, meias brancas, sapatilhas azul claro e lindas asas feitas de armação leve e tecido transparente branco.

Eu estava super concentrada. Se era para eu ser a borboleta, eu seria então a melhor borboleta de Branca de Neve que já houve no mundo! Então chegou a minha hora de entrar. Procurei, antes da entrada, um rosto conhecido e encontrei! Lá estava minha mãe na plateia! Então, respirei fundo e entrei. Havia o som de uma música, e então comecei a dançar no antepé, como uma bailarina, e a balançar os braços como se fosse voar. E entrei e fiquei perto da mesa funerária que já estava com minha colega representando a Branca de Neve, e também estava rodeada dos sete anões e outros bichos. Então chorei. Sim eu precisava chorar. Coloquei emoção na cena. E depois, quando foi a hora de sair de cena, dancei novamente, balançando meus braços como se estivesse a voar, e olhava para trás, para Branca de Neve imóvel, e enxugava minhas lágrimas.

Minha mãe disse, depois de muitos anos, quando eu era já adulta, que EU ROUBEI a CENA!

Era algo que nem a professora estava esperando que eu fizesse. Eu fiz algo além do script, mas foi algo inteligente, inovador! Naquele dia a borboleta fez a diferença!

O que eu tiro dessa memória de infância é que, mesmo que você esteja insatisfeito com o seu papel, seu trabalho, o jeito que sua família te trata, o jeito que seus colegas te tratam – FAÇA O SEU MELHOR!


Faça além do previsto, se esforce em todos ambientes, escola, trabalho, casa. Se você muda a atitude frente aos acontecimentos, oportunidades boas irão surgir. E ao invés ficar reclamando agradeça e faça o seu melhor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário