quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

PIONEIRAS DO FUTEBOL FEMININO: Livro acadêmico "BOLEIRAS" tem projeto de ir para editora

FOTO: TERESA CRISTINA CUNHA


Victória Salemi, uma estudante de 24 anos de idade, recém-formada em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP, não mediu esforços em se deslocar quilômetros de distância de São Paulo capital a terras mineiras para realizar o sonho do seu projeto chamado "Boleiras"

O livro que foi realizado para atender o trabalho de conclusão do curso de jornalismo, segundo Victória, e tem projeto para ir para uma editora, para ficar a disposição do público em geral.

Segundo a autora, que nasceu e vive em São Paulo, o livro "Boleiras" é sua primeira publicação acadêmica. "Como o livro foi meu TCC - Trabalho de Conclusão de Curso, não está disponível para compra. Os poucos exemplares impressos foram apenas para apresentar para a banca e para as personagens. Talvez mais para frente tente publicá-lo junto a uma editora", explica a paulistana.

QUEM É VITÓRIA SALEMI

Paulistana, nasceu e vive em São Paulo capital, Já estagiou na Rádio BandNews FM, em 2015 e em 2016, e no esporte da TV Globo em 2017.




A ESCOLHA DO TEMA: FUTEBOL FEMININO


"Escolhi escrever um livro-reportagem sobre futebol feminino como trabalho de conclusão de curso porque queria tratar de algum assunto que envolvesse esporte e mulher na sociedade. Durante 10 anos da minha vida fui atleta federada de natação, mas dentro das piscinas essa diferença entre os gêneros não ficava tão evidente. Como também adoro futebol, escolhi esse assunto. Eu mesma não conhecia muito da modalidade para mulheres e a experiência foi muito enriquecedora", relata Victória.







COMO ENCONTROU A HISTÓRIA DAS PIONEIRAS DO FUTEBOL FEMININO DE ARAGUARI
Da esquerda para direita: Victória com as Pioneiras Darci, Heloísa e Zalfa.


Da esquerda para direita: Victória, Zalfa (Pioneira), Teresa (Pesquisadora e assessora de imprensa) e Darci (Pioneira).

De acordo com a pesquisadora, quando começou a pesquisar sobre a história do futebol feminino no Brasil, ela tentou organizar as informações cronologicamente para conseguir procurar as personagens para seu livro. Encontrou os seguinte links em suas pesquisas: "Em um texto do site ~dibradoras (http://dibradoras.com.br/historias-do-futebol-feminino-pioneiras-da-modalidade-no-brasil-ainda-buscam-reconhecimento-em-casa/), em outro do Globoesporte.com (http://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/olimpiadas/noticia/2016/08/pioneiras-do-esporte-proibido-historias-do-inicio-do-futebol-feminino-no-brasil.html) em uma matéria do Esporte Espetacular (https://www.youtube.com/watch?v=XJwRlpfEae8), conheci a história das pioneiras. Então, entrei em contato com o Lucas Papel, repórter do Globoesporte.com, para conseguir encontrar você e as jogadoras da época", diz Victória.




ASPECTOS INTERESSANTES DURANTE A PESQUISA


Segundo a autora, vale salientar algumas observações durante a pesquisa. "Todas as histórias foram interessantes, mas algumas informações me chamaram muita atenção, como a proibição às mulheres de alguns esportes, que durou de 1941 a 1979. Das histórias das personagens, além das próprias pioneiras, o fato de a medalhista olímpica em Atenas, em 2004, Juliana Cabral ter sofrido tanto preconceito dentro de casa por jogar bola foi marcante. Outra que posso ressaltar foi o que a jovem Taynara Oliveira, de 15 anos me contou que em 2016, quando foi campeã de um torneio masculino com seu time, todo de meninas, os adversários não as xingavam, mas sim os pais deles. Isso mostra que, no futuro, as coisas podem melhorar", conclui Victória.



CONTATOS DA PESQUISADORA
Twitter: @vicsalemi

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